filmes | creed

Filmes 26.2.16
O Oscar está chegando (yay!), mas diferente de algumas pessoas como minha migs Bruna do Death By Shuffle e donas de outros blogs bem legais que visitei essa semana, eu nunca consigo assistir a maioria dos filmes antes da premiação. Adoro a ideia dos bolões e tudo mais, eu só não tenho concentração o suficiente pra ver muito filme hahaha. Entretanto, consegui assisti alguns dos filmes que estão concorrendo, como Divertida Mente, Star Wars: O Despertar da Força, Os Oito Odiados Creed: Nascido Para Lutar, um dos filmes de 2015 que eu queria muito assistir, mas na correria acabei não indo ao cinema a tempo. Então, aproveitei a insônia nessa madruga e finalmente assisti!

Para quem não conhece, Creed traz uma história nova de um universo já bem conhecido no cinema pelos filmes da franquia Rocky, protagonizados por Sylvester Stallone desde meados dos anos 70. Entretanto, Michael B. Jordan (um ator que eu já gostava muito pelo trabalho dele em Friday Night Lights) é a estrela da vez  no papel de Adonis Johnson, o filho de um dos maiores lutadores apresentados na franquia: Apollo Creed. 



O filme apresenta uma carga emocional intensa nas primeiras cenas, quando um Adonis ainda criança se envolve em uma briga no reformatório onde vive, após muitas passagens por lares adotivos. O filho ilegítimo de Apollo é confrontado pela viúva do lutador e ela o acolhe em seu lar, onde o vemos bem sucedido após alguns anos trabalhando em uma empresa de grande porte. Entretanto, ele larga tudo para seguir seu destino. 


Na Philadelphia, ele encontra Rocky e depois de algumas trocas bem divertidas entre os dois, nosso "Garanhão Italiano" é convencido a treinar Adonis para torná-lo um lutador. O clima dos dois permanece muito bom até Adonis enfrentar sua primeira luta de grande porte. Porém, um grande acontecimento durante a preparação de Donnie para um luta ainda maior modifica toda a trama do filme.


Uma coisa sobre Rocky, que se repete em Creed, é o fato de que esse não é só mais um filme de ação. Muito menos um filme sobre luta. A complexidade dos personagens e destas histórias que tem sido contadas há tanto tempo vai muito além do que é esperado pelo espectador. Estas histórias falam de ambição, de perseverança, de se doar de corpo e alma por um objetivo, mas sem nunca esquecer daqueles que estão ao seu lado durante sua jornada.
Na vitória ou na derrota.



Os filmes do Rocky são parte da minha vida. Eles representam para mim momentos muito especiais que eu passei ao lado do meu pai, que viajava bastante durante a semana por conta do trabalho. Quando ele estava em casa, eu sempre tentava aproveitar meu tempo com ele, seja acordando cedo no domingo para ver Formula 1 ou assistindo filmes na Sessão da Tarde. Rocky era um dos filmes favoritos dele. Então, assistir esses filmes, principalmente Creed, é como estar junto dele mais uma vez. 

Time, you know, takes everybody out.
It's undefeated.

viagem | paris '14

Viagens 22.2.16
Take me to Paris, let's go there and never look back...
Continuando a série de posts sobre a Europa, vamos falar dessa cidade indescritível chamada Paris, que de tão linda vou precisar dividir em dois posts haha. Confesso que esse era o lugar que eu estava mais animada pra conhecer durante toda a viagem, sempre foi um sonho meu desde criança e nem sei bem o por quê (assisti Anastácia demais em alguma época talvez?). Então, saindo de Barcelona já fiquei suuuuper ansiosa e pouco antes de pousar dei aquela choradinha discreta ouvindo Raining in Paris do The Maine haha :')

Antes de viajar, eu já tinha começado meu curso de Francês na Aliança Francesa de Santos, um sonho que estava na minha lista de metas daquele ano, e uma das coisas mais divertidas da viagem foi tentar usar o pouquinho do que eu aprendi até então em coisas bem simples, como pegar um táxi ou pedir comida. Sério, nunca pensei que ficaria tão feliz só de pedir uma pizza e ver que o garçom conseguiu me entender!


Ficamos em um hotel em Montparnasse, um bairro francês repleto de restaurantes e bares super charmosos, que, inclusive, eram muito frequentados por artistas e intelectuais no começo do século XX (Hemingway ). O filme Meia-Noite em Paris representa muito bem essa época e ainda mostra pontos lindos da cidade, recomendo para todos que tem vontade de conhecer Paris!


Falando em pontos turísticos, o primeiro lugar que fomos foi obviamente a Tour Eiffel e, novamente, fiquei super emocionada desde o momento que comecei a ver a torre da janela do metrô até chegarmos lá. Podem considerar um clichê ou o que for, mas é um monumento incrível. Não tem como ser blasé em relação à isso. 


Meu primo e eu passamos um bom tempo na fila para subir na torre, mas a alegria era tanta que nem percebemos. Fora que aproveitei pra gravar vídeo pra mamis linda de lá, claro haha porque o bom de viajar é pagar todos os micos sem se importar com ninguém ao seu redor, né? :P


A vista da torre é absurdamente linda. Algumas pessoas compram o ingresso só para o primeiro nível dela, mas vale muito a pena conhecer até o topo, já que you only live once galerinha. A organização lá dentro é impressionante para um ponto turístico tão movimentado e você pode ficar quanto tempo quiser visitando, sem problemas. Para os apaixonados de plantão, eles vendem até taças de champagne lá em cima. Lindo, mas essa parte eu deixei pra uma próxima vez, já que o euro não é nada barato haha.




Outro passeio que eu adorei em Paris foi o tour pelo Rio Sena, que, aliás, foi meu primeiro passeio de barco! O bateau-mouche, como eles chamam por lá, é uma forma rápida e diferente de conhecer os pontos turísticos às margens do rio. Nesse dia estava bem nublado, então fiquei com um pouco de frio no barco, mas eles tem  uma área fechada pros visitantes ficarem sentadinhos só observando a paisagem. 




Em frente à Tour Eiffel, tem uma praça chamada Trocadéro que, além de ser um ótimo lugar para se tirar fotos da torre como as fotos acima e ter uma estação de metrô próxima com o mesmo nome, tem um carrossel legítimo francês na parte do Jardins du Trocadéro. Esse até toca aquelas músicas de caixinha de jóias, sabem? Sempre quis conhecer um carrossel desses, então, esse foi mais um dos momentos "felicidade imensa por coisas singelas da vida" que eu passei em Paris haha :')


O que vocês acharam dessas fotos de Paris? Ficaram tão apaixonados quanto eu? :)
Espero que sim! No próximo post sobre a viagem, vamos para o Palácio de Versailles!
Beijos,
-B.

música | lançamentos de fevereiro

Música 16.2.16
Oláaaa!
Sumi um pouquinho para aproveitar o Carnaval no meio do mato e o final das férias. Amanhã já volto a dar aula êêêê! Começo de semestre é sempre bom pra voltar a rotina, rever meus ex-alunos e conhecer os novos, especialmente aqueles que gostam muito de música como eu pra poder conversar bastante depois da aula :D

Falando em música, fevereiro não está sendo um mês de muitos lançamentos, mas estou aguardando ansiosíssima por dois álbuns que vão sair nas próximas semanas!

Taking One For The Team


Começando pela minha banda favorita do coração (sdds amo vocês come to Brazil), nessa sexta-feira (19) o Simple Plan lança seu quinto álbum de estúdio, Taking One For The Team!

Esses cinco canadenses roubaram meu coração há mais de 13 anos com a música "Addicted" e desde então eu acompanho a banda. A música deles me fez conhecer pessoas incríveis que estão comigo até hoje, como a Jeh do A Mente Transborda e a Gabi do Where The Light Is. Ah, eu também tive o melhor dia da minha vida ao lado deles kaçskçkasd :')

 mozão e eu com meu cabelo ruivo em 2012 


Algumas músicas do Taking One For The Team já foram liberadas, como "Boom!", "I Don't Wanna Be Sad", "I Don't Wanna Go To Bed" e "Opinion Overload". As duas últimas foram lançadas como single e são bem diferentes entre si, mas super gostosas de ouvir!

Eles também  liberaram duas músicas do álbum que eu já amei, chorei e estou só no aguardo pra ouvir ao vivo: "Farewell" e "Nostalgic". Ambas tem a pegada mais pop-punk do Simple Plan e as letras são maravilhosas. Dá pra perceber uma evolução muito positiva na composição deles com relação aos álbuns anteriores e não aguento mais esperar pra ver o que esse álbum reserva!! :)


*

I Like It When You Sleep, For You Are So Beautiful Yet So Unaware Of It



Outro lançamento que estou aguardando é o novo álbum do  The 1975, que me lembrou um pouco o começo do Panic! At The Disco com o título enorme desse álbum haha :P

O I Like It When You Sleep... será lançado no dia 26 e o que mais me chamou atenção pra esse álbum foi o conceito incrível que eles utilizaram na divulgação. A banda utilizou murais em neon com os títulos das músicas em cenários bem diferentes nesse trabalho, que fazem você já ter vontade de gostar do álbum.



Entretanto, o The 1975 é muito mais que apenas a sua estética, a banda tem letras bem complexas em melodias eletrônicas com influência dos anos 80. A revista britânica NME publicou uma resenha super interessante com detalhes de cada umas das faixas do novo álbum aqui

O primeiro single foi a música "Love Me", seguido de "UGH!". Outras duas músicas foram lançadas nas plataformas de streaming, como o Spotify, são elas "The Sound" e "Somebody Else", que já está no setlist da banda e é a minha favorita até agora!


O que vocês estão ouvindo esse mês? Me contem nos comentários! :)
Beijos,
-B.

livros | i'll give you the sun, jandy nelson

Livros 5.2.16
"I'll Give You The Sun" foi meu primeiro livro de Fevereiro e foi um livro tão, tão incrível daqueles que você necessita abraçar e continua pensando na vida dos personagens mesmo após a história terminar (aka meu tipo de livro favorito haha).

I'll Give You The Sun, por Jandy Nelson | Editora: Walker Books | Páginas: 428

O livro foi publicado no Brasil como "Eu Te Darei o Sol" pela editora Novo Conceito e conta a história de Noah e Jude, irmão gêmeos muito unidos e interessados por arte até que a competição pelo afeto dos pais, por uma vaga na CSA (California School of Arts) e pelo novo vizinho acaba desgastando a relação dos dois.


O livro é contado a partir das perspectivas de Noah e Jude, porém em tempos diferentes da história. Noah conta o período entre 13 e 14 anos dos gêmeos e a sua narrativa explora muito bem seu lado artístico, descrevendo durante os acontecimentos as pinturas que ele faz na própria mente, o seu Museu Invisível (The Invisible Museum).


No entanto, Jude continua a história na idade dos 16 anos, depois que um acontecimento trágico abala a vida dos gêmeos. Em A História da Sorte (The History of Luck)  vemos a menina tão cheia de vida da narrativa do irmão se tornar uma pessoa bem diferente e obcecada pela "bíblia", um caderno que cheio de anotações da avó que contém superstições, conselhos e "magias", como carregue uma cebola para evitar doenças sérias ou chupe limão para afastar o amor. 
A diagramação do livro é maravilhosa e essencial à história, que é movida à arte. O que me fez comprar a versão em inglês foi justamente isso, não ter esses detalhes tão especiais na versão em português :( 

"I'll Give You The Sun" fala do amor em todos os tipos: entre pais e filhos, entre irmãos, entre avós e netos, entre meninas e meninos e também entre meninos e meninos, entre o artista e sua arte, amores complicados, amores proibidos. Fala também sobre perdão, luto, arrependimento e culpa, sentimentos tão complexos na vida de qualquer pessoa. Não há julgamento. Jandy Nelson retrata os dois lados de cada relação e cabe ao leitor interpretar sua mensagem.

Quem já leu ou gostaria de ler I'll Give You The Sun? :)
Se tiverem dicas de outros livro também deixem nos comentários e para conferir os outros livros resenhados no blog é só clicar aqui!!
Beijos,
-B.

filmes | califórnia

Filmes 2.2.16
Uma amiga me convidou pra ir ao cinema assistir um filme chamado Califórnia e, quem me conhece, sabe que esse é um dos lugares no mundo que eu mais tenho vontade de conhecer. O filme passaria no Cine Arte Posto 4, um cinema que fica exatamente na orla da praia de Santos e costuma ter atrações mais alternativas que os demais cinemas da cidade, além de custar só 3 reais (sim!). Então, claro que meu primeiro pensamento foi "eu vou!".

Procurei sobre o filme na internet pra ter uma ideia do que esperar e descobri que era um filme dirigido pela Marina Person, uma pessoa que participou muito da minha adolescência pelos seus programas excelentes na MTV Brasil. Assistir filme brasileiro não é algo que costumo fazer com muita frequência, ainda mais com essa onda de filmes de comédia, mas foi assistir o trailer de Califórnia que senti que era um filme que valia muito a pena!

O filme é um retrato da adolescência em meados dos anos 80 e todas as descobertas e complicações que acontecem nessa época da vida da personagem Estela, que é uma sonhadora nata e tem como objetivo conhecer a Califórnia ao lado do seu tio Carlos (feito lindamente pelo Caio Blat). A relação dos dois é baseada na música, entre discos de David Bowie e fitas cassete com punk rock californiano, eles trocam correspondências até o grande dia de sua viagem, que é interrompida pela volta repentina do tio ao Brasil.

Califórnia fala de assuntos como o amor, a sexualidade, a AIDS e os padrões da sociedade de 80 com uma delicadeza única e conta, acima de tudo, com uma personagem feminina muito forte descobrindo seu próprio caminho nessa época tão intensa da vida de qualquer pessoa.


Eu como boa fã de The Cure amei todas as referências ao longo do filme e quis automaticamente me transportar pra aquela época e ouvir discos de vinil em um quarto coberto de rebeldia, tendo conversas sobre livros e música com alguém tão maluco por tudo isso quanto eu.

Enquanto escrevia esse post, encontrei o texto "Carta a uma jovem dos anos 80" no CartaCapital direcionado à personagem do filme e as reflexões do autor mexeram tanto comigo quanto o próprio filme, principalmente esse trecho:

"Crescer é fazer novos amigos e se desfazer de outros. É deixar alguém seguir.
E é viajar para qualquer lugar sem colocar o pé na estrada. Para todo o resto existe a música.
É pelo som que reintegramos qualquer distância ou presença.
Todos os nossos sonhos cabem em uma fita K7.
Todas as fitas K7 cabem agora no nosso bolso
"


Quem puder conferir esse filme, vá! Garanto que vai ser uma experiência bem legal :)
Beijos,
-B.


random thoughts | january '16

Random Thoughts 1.2.16
Um mês se passou.
Sabe-se bem que as percepções de tempo são relativas ao indivíduo, ainda assim diria que foi rápido, e tão devagar. 

Depois do fatídico dia de Ano Novo, perdi muito mais que um simples bem material tomado de mim. Ganhei o pânico ao fechar os olhos e reviver aquela cena novamente. Ainda que me esforçasse a apenas fazê-lo após ler, ler e ler até encontrar a exaustão, mas minhas pálpebras cansadas não eram páreo para as memórias insistentes. Ao acordar, as ruas faziam meu coração bater em disparada. O olhar constante de estranhos encostados em muros ou motocicletas contorciam meu estômago. Passar uma tarde sozinha dentro da minha própria casa me fez tomar dois comprimidos amarelos até minha respiração voltar ao normal. 

O tempo passou e, um dia, consegui tomar uma cerveja com meus amigos após dias de auto-enclausuramento. Entre um copo e outro voltei a ser quem eu costumava ser antes daquele dia, alguém que sorri livremente sem olhar sobre o próprio ombro. Passava das 2 da manhã quando resolvemos ir embora por ruas escuras, o táxi parecia não chegar nunca e um grupo de moradores espalhava-se sobre papelões se protegendo da chuva. Vez ou outra alguém passava por nós na rua quase deserta. Não notei que minhas mãos tremiam, nem que estava há alguns minutos sem dizer uma palavra até um dos meus amigos chamar minha atenção. "Pode ficar tranquila", ele disse. Ninguém me faria mal ali. 

Eu forcei um sorriso e fingi estar bem para esconder tudo o que eu estava sentindo, para não aparentar fraqueza, para disfarçar todas as partes quebradas dentro de mim. 

Eu forcei um sorriso e fingi estar bem, como fiz inúmeras vezes ao longo dos últimos 23 anos. Ninguém percebeu. As máscaras que colocamos ao longo da vida tornam-se parte de nós se usadas por muito tempo.

Foi só quando girei a chave na porta de casa que o nó na minha garganta conseguiu se desfazer. Tomei um banho, descansei a cabeça sobre o travesseiro e, em meu sono conduzido pelo álcool, consegui relaxar. Os pesadelos não voltaram a me atormentar naquela noite, nem nas noites seguintes, mas o sentimento de não estar mais em segurança permanece em mim, entrelaçado aos outros tantos sentimentos bem aprisionados em meu cérebro.

Só temo pelo dia em que todos eles se libertarem.