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2.2.16

Uma amiga me convidou pra ir ao cinema assistir um filme chamado Califórnia e, quem me conhece, sabe que esse é um dos lugares no mundo que eu mais tenho vontade de conhecer. O filme passaria no Cine Arte Posto 4, um cinema que fica exatamente na orla da praia de Santos e costuma ter atrações mais alternativas que os demais cinemas da cidade, além de custar só 3 reais (sim!). Então, claro que meu primeiro pensamento foi "eu vou!".

Procurei sobre o filme na internet pra ter uma ideia do que esperar e descobri que era um filme dirigido pela Marina Person, uma pessoa que participou muito da minha adolescência pelos seus programas excelentes na MTV Brasil. Assistir filme brasileiro não é algo que costumo fazer com muita frequência, ainda mais com essa onda de filmes de comédia, mas foi assistir o trailer de Califórnia que senti que era um filme que valia muito a pena!

O filme é um retrato da adolescência em meados dos anos 80 e todas as descobertas e complicações que acontecem nessa época da vida da personagem Estela, que é uma sonhadora nata e tem como objetivo conhecer a Califórnia ao lado do seu tio Carlos (feito lindamente pelo Caio Blat). A relação dos dois é baseada na música, entre discos de David Bowie e fitas cassete com punk rock californiano, eles trocam correspondências até o grande dia de sua viagem, que é interrompida pela volta repentina do tio ao Brasil.

Califórnia fala de assuntos como o amor, a sexualidade, a AIDS e os padrões da sociedade de 80 com uma delicadeza única e conta, acima de tudo, com uma personagem feminina muito forte descobrindo seu próprio caminho nessa época tão intensa da vida de qualquer pessoa.


Eu como boa fã de The Cure amei todas as referências ao longo do filme e quis automaticamente me transportar pra aquela época e ouvir discos de vinil em um quarto coberto de rebeldia, tendo conversas sobre livros e música com alguém tão maluco por tudo isso quanto eu.

Enquanto escrevia esse post, encontrei o texto "Carta a uma jovem dos anos 80" no CartaCapital direcionado à personagem do filme e as reflexões do autor mexeram tanto comigo quanto o próprio filme, principalmente esse trecho:

"Crescer é fazer novos amigos e se desfazer de outros. É deixar alguém seguir.
E é viajar para qualquer lugar sem colocar o pé na estrada. Para todo o resto existe a música.
É pelo som que reintegramos qualquer distância ou presença.
Todos os nossos sonhos cabem em uma fita K7.
Todas as fitas K7 cabem agora no nosso bolso
"


Quem puder conferir esse filme, vá! Garanto que vai ser uma experiência bem legal :)
Beijos,
-B.


Imagens: Divulgação

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4 comentários

  1. Adoreeeei esse trailer, assim que eu tiver um tempinho livre vou procurar o filme pra olhar.


    descompreendo.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Que bom saber disso!
      Depois que assistir volta aqui pra me contar o que achou haha :D
      Beijos

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  2. Adorei o trailer! Já to louca para assistir!

    Escrevi sobre feminismo lá no blog! Convido vocês!

    Beijos

    https://juglobu.wordpress.co

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